Combine pesos ou roldanas livres para o seu treino de força
Polia vs. peso livre.
Na nossa Sala Fitness, sobretudo na zona de musculação, de certeza que já viu que existem muitas possibilidades para treinar. Podemos diferenciar essa área, grosso modo, em duas zonas, uma com os elementos de peso livre, e outra com os elementos de polia.
No peso livre, encontramos barras de todo o tipo, halteres de diferentes pesos e certas máquinas univectoriais, mas que têm como características o facto de se acrescentar um peso extra, o que as torna diferentes das máquinas com polia, como por exemplo, a máquina Smith ou a linha de máquinas de PURE STRENGTH que encontra nos nossos centros desportivos GO fit.
E nas polias, encontramos os complexos multi-polia, que permitem diferentes ângulos de movimento e exercícios, e as máquinas seletorizadas (ou guiadas) que permitem um único movimento e num único ângulo.
Bom, durante anos, pensámos que o peso livre era exclusivo para pessoas com um certo nível de treino e forma física, e que as máquinas eram só para os principiantes, este conceito tem evoluído ano após ano. Graças aos avanços nas ciências do exercício, hoje em dia, sabemos que, para qualquer objetivo desportivo, o treino de força é imprescindível e que esta está presente tanto em peso livre como em polias.
É certo que a nível técnico-biomecânico, normalmente, o exercício em peso livre requer uma estabilidade maior a nível de CORE, e seguramente um controlo motor relativamente maior, mas ainda assim, pensemos numa máquina seletorizada, qualquer uma, e observemos que também é necessária uma certa estabilidade de CORE e controlo motor para a realizar corretamente, pois, na máquina, também se impõe um único vector de movimento, e a nossa posição deve ser a correta para que a execução do exercício seja perfeita.
Com isto, queremos expor, neste artigo, que “na variedade reside o êxito” neste caso. Se só treinarmos em peso livre, optamos sempre por mobilizar cargas que se expõem a múltiplos vectores, certa instabilidade nas articulações mais distais e, por vezes, perda do foco do exercício (a nível muscular) e, pelo contrário, se treinarmos sempre em máquinas/polias, optamos sempre por exercício uni-articulares, ou por exercício num só vector de direção, que nos leva a uma falta de sincronização intermuscular que, a longo prazo, se pode traduzir em assimetrias musculares.
Por isso, seja qual for o seu objetivo na sala de musculação, tem de conseguir tirar partido de todos os elementos.
As barras proporcionar-lhe-ão um movimento mais compensado, pois usará sempre ambas as partes do corpo (esquerda e direita) tanto nas pernas como nos membros superiores; uma capacidade de aplicar força (torque) maior, permitindo-lhe, assim, velocidades melhores.
Os halteres permitem-lhe intervalos de movimentos amplos e uma repartição melhor da carga nos músculos envolvidos, além de que requerem uma maior ativação da musculatura sinergista do exercício.
As máquinas guiadas, com polia ou de peso livre ajudam-no a ter mais foco na musculatura que queira trabalhar e, por ser num só vector de movimento, a incidência sobre o músculo agonista também é maior, o que provoca um trabalho de sincronia e fadiga aguda superior.
E nas polias, a tensão durante o exercício é praticamente constante, o que o levará a uma fadiga maior nos seus treinos e uma ligação superior intermuscular nos exercícios multi-articulares.